💢 Artigo em PDF


Philippe Drumond Vilas Boas Tavares[1]

Professor e Coordenador do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Doctum - Instituto Ensinar Brasil. Pedagogo e Mestre em Educação pela Universidade Federal de Viçosa. Membro-fundador da International Gramsci Society, IGS-Brasil. Membro do Grupo de Pesquisa Educação, Conhecimento e Processos Educativos e do Grupo de Estudos dos Clássicos Contemporâneos em Educação - GECCE UFV (2011-atual).

 

Deyse Almeyda dos Reis[2]

Pesquisadora graduada em Gestão da Qualidade e Ciências Biológicas, mestra e doutora em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Desde 2013, colabora em pesquisas científicas relacionadas à bacia hidrográfica do rio Doce.

 

 

RESUMO

O presente artigo aborda as contribuições do Mestrado profissional em Educação ofertados pelas instituições públicas de Educação Profissional para o desenvolvimento científico nacional e sua contribuição para a Educação Básica por meio da análise dos programas, linhas de pesquisa e dissertações defendidas relacionadas à inovação tecnológica aplicadas ao processo de ensino e aprendizagem. A metodologia adotada para a realização da presente pesquisa se deu através da pesquisa documental, de cunho qualitativo, sendo os resultados encontrados inferenciados pela Análise do Discurso Critica de Fairclough (2001; 2003). Após triagem as 47 instituições ofertantes do Mestrado profissional em Educação, foram escolhidas três instituições que atuam com Educação Profissional, sendo analisadas 201 dissertações defendidas entre 2012 e 2020. Por meio da triangulação dos dados encontrados e baseados no que as portarias regulatórias desta modalidade preconizam, nos títulos dos programas e das suas respectivas das linhas de pesquisas, bem como das produções encontradas nas bases de dados das instituições de Educação Profissional proponentes da oferta do mestrado profissional em Educação foi possível evidenciar as contribuições de ordem científica e de desenvolvimento local que impactam direta e indiretamente no processo de ensino e aprendizagem na Educação Básica, haja vista o público-alvo desta modalidade já estar inserido no campo de atuação educacional e conseguir trazer para dentro dos muros das instituições de ensino superior as necessidades mais prementes e reais que estes profissionais enfrentam em seu cotidiano.

 

Palavras-chave: Educação Profissional. Pós-graduação. Mestrado Profissional. Inovação. Tecnologia

 

 

Introdução

O Mestrado Profissional em Educação surge como uma oportunidade de formação continuada para profissionais da Educação que já atuam no segmento e necessitam aprimorar seus conhecimentos para superar os desafios diários que o cenário educacional apresenta. Contudo, esta modalidade da pós-graduação stricto sensu brasileira se origina, inicialmente, da necessidade de melhoria do desempenho técnico-científico nacional frente às transformações do mundo globalizado do ponto de vista da inovação tecnológica e depois se expande para áreas não relacionadas diretamente com este propósito, como as Ciências Humanas, Letras, Artes, por exemplo. No entanto, a legislação sobre esta modalidade não acompanhou este alcance, ainda que tenha sido profusa em virtude do pouco tempo entre uma portaria e outra.

Por se tratar de uma capacitação em serviço que alia a expertisse do profissional com o suporte científico da academia, o Mestrado profissional em Educação permite ao professor/pesquisador da Educação Básica estabelecer um vínculo estreito com os desafios por este enfrentado no chão da escola e a aplicabilidade de sua pesquisa, ocorrendo o que Negret (2008, p. 222) chama de “articulação entre a universidade e a realidade social”. Com esta aproximação, os objetos e os sujeitos de pesquisa propiciam um olhar mais apurado de forma que a dissertação final estabeleça uma relação dialógica com a prática pedagógica vivenciada por este professor/pesquisador. Isto não significa, por sua vez, que no Mestrado Acadêmico esta relação não seja possível, apenas que em função de sua natureza específica, como veremos a seguir, o mestrado profissional em Educação atinge locais, pessoas e situações que ainda não eram trazidas para dentro dos muros da universidade com este olhar atento.

Em se tratando da seara da Educação Profissional, a similitude entre os termos não se dá por acaso, haja vista que as abordagens do mestrado profissional vão ao encontro das contribuições da Educação Profissional desenvolvida nas instituições públicas em nível concomitante e sequencial à Educação Básica, contribuindo sobremaneira no desenvolvimento local, regional e nacional ao qualificar com primazia seus egressos que, por muitas das vezes, estão inseridos no mercado de trabalho no período que cursam esta modalidade de formação educacional e profissional.

Assim como na Educação Profissional de nível básico, além do dualismo da formação para o trabalho e para a formação humana, a modalidade de formação profissional stricto sensu também sofre de estereótipos reducionistas do seu termo “profissional” a partir de sua conceituação moderna cunhada pelos Organismos Internacionais (OCDE, FMI, Banco Mundial), ao caracterizar a sobreposição da racionalidade técnica aos moldes oriundos dos primórdios da conceituação sócio-histórica deste termo, onde a prioridade era a excelência da formação, geralmente em longo prazo, e a primazia pela busca da habilidade de resolução dos diversos tipos de demandas originadas na sociedade, resguardada as especificidades da área em questão, de forma a possibilitar o seu avanço, em detrimento do imediatismo da aplicabilidade das competências necessárias adquiridas para a resolução pontual de problemas levantados pela sociedade atual. Esta é uma das características do neoliberalismo ao adentrar nas esferas educativas seja indiretamente com estudos esparsos, seja diretamente na proposição de políticas públicas vinculadas a financiamentos de outros setores.

A portaria que regulamenta estes cursos data de 1998 - Portaria nº 80 CAPES/MEC de 16 de Dezembro de 1998 (BRASIL, 1998) - momento no qual profundas e significativas mudanças impactavam a realidade e as políticas públicas educacionais brasileiras, atestadas por diversos estudos (SGUISSARD; LIMA JÚNIOR, 1997; LEHER, 1998; SHIROMA, 2003; BIANCHETTI; FÁVERO, 2005; MARI, 2009; EVANGELISTA, 2012).

Posteriormente, em 2009, outra portaria entraria em vigor (BRASIL, 2009), definindo mais claramente os objetivos e propósitos do mestrado profissional. Atualmente, a legislação vigente encontra-se na Portaria 60, de 20 de Marços de 2019. E é justamente a partir do final dos anos 2000 que surgem os primeiros mestrados profissionais em Educação, objetos do presente estudo.

De acordo com a Portaria Normativa MEC 17, de 28 de dezembro de 2009, art. 4º, o mestrado profissional tem como objetivos:

 

I- capacitar profissionais qualificados para o exercício da prática profissional avançada e transformadora de procedimentos, visando atender demandas sociais, organizacionais ou profissionais e do mercado de trabalho; II- transferir conhecimento para a sociedade, atendendo demandas específicas e de arranjos produtivos com vistas ao desenvolvimento nacional, regional ou local; III- promover a articulação integrada da formação profissional com entidades demandantes de naturezas diversas, visando melhorar a eficácia e a eficiência das organizações públicas e privadas por meio da solução de problemas e geração e aplicação de processos de inovação apropriados; IV- contribuir para agregar competitividade e aumentar a produtividade em empresas, organizações públicas e privadas. Parágrafo único. No caso da área da saúde, qualificam-se para o oferecimento do mestrado profissional os programas de residência médica ou multiprofissional devidamente credenciados e que atendam aos requisitos estabelecidos em edital específico (BRASIL, 2009).

 

Tais objetivos foram propostos considerando alguns aspectos do panorama da pesquisa científica nacional, tais como: a necessidade de atender, especificamente, as áreas mais diretamente vinculadas ao mundo do trabalho e ao sistema produtivo, tendo em vista a demanda por profissionais altamente qualificados, a necessidade de capacitação e treinamento de pesquisadores e profissionais destinados a aumentar o potencial interno de geração, difusão e utilização de conhecimentos científicos no processo produtivo de bens e serviços.

Estes propósitos estão em consonância com a política industrial brasileira do período, bem como a natureza e especificidade do conhecimento científico e tecnológico a ser (re) produzido, tendo em vista o foco em egressos dos cursos que visem, preferencialmente, um aprofundamento de conhecimentos ou técnicas de pesquisa científica, tecnológica ou artística.

Ante o exposto, passados 12 anos do reconhecimento do primeiro curso de mestrado profissional em Educação em território nacional e atualmente contando com 47 no total, surge o seguinte questionamento: como estes programas estão atendendo ao preconizado pelas portarias originárias do mestrado profissional em se tratando de produção científica pautada na inovação tecnológica, haja vista a natureza epistemológica desta área do saber? De forma a especificar ainda mais o objeto de pesquisa, optou-se por restringir a análise aos institutos federais que ofertam a modalidade de mestrado profissional em Educação, em função de suas características institucionais estarem mais atreladas à pesquisa aplicada e ao desenvolvimento tecnológico por meio de sua atuação reconhecida nesta esfera, possibilitando, assim, verificar a contribuição desta modalidade para a Educação Básica e Profissional.

Procedimentos Metodológicos

Após acessar a plataforma de dados da pós-graduação brasileira, a Geocapes, foram encontrados 47 cursos de mestrado profissional em Educação. Destes, três são ofertados por institutos de educação profissional e tecnológica, dois a nível federal e um estadual. Desta forma, a amostra do presente estudo conta com as seguintes instituições ofertantes de mestrado profissional em Educação: Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), Instituto Federal do Sul Rio-grandense (IFSUL) e o Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS).

O presente artigo se origina de pesquisa documental e bibliográfica, de natureza qualitativa em sua abordagem e análise dos resultados obtidos, buscando inferir dos dados encontrados a relação entre o que demanda a sociedade e o que está nas prerrogativas das portarias regulatórias da modalidade profissional da pós-graduação brasileira. Para tanto, serão analisadas semântica e lexicalmente as nomenclaturas das linhas de pesquisas das instituições supracitadas, bem como serão categorizadas suas respectivas produções evidenciadas pelas dissertações depositadas em suas bibliotecas digitais, sendo analisado, especificamente, o conteúdo dos títulos e dos resumos dos referidos trabalhos.

O uso de documentos em pesquisa deve ser apreciado e valorizado. A riqueza de informações que deles podemos extrair e resgatar justifica o seu uso em várias áreas das Ciências Humanas e Sociais porque possibilita ampliar o entendimento de objetos cuja compreensão necessita de contextualização histórica e sociocultural. Entendemos que os documentos são resultado de práticas sociais e expressão da consciência humana possível em um dado momento histórico.

O ferramental de análise para trabalhar os dados encontrados é a Análise de Discurso Crítica, de Norman Fairclough (2001, 20003), que possibilita ao pesquisador ter uma perspectiva tridimensional dos fatos e documentos analisados, de forma objetiva, clara e concisa. Assim, a metodologia empreendida é pautada no entendimento de que tais documentos, não são apenas diretrizes para a educação, mas articulam interesses, projetam políticas, produzem intervenções sociais e consensos. 

A teoria social do Discurso e a abordagem da Análise do Discurso Crítica desenvolvida por Norman Fairclough baseia-se no entendimento da linguagem como parte irredutível da vida social, dialeticamente interconectada e entrecortada a outros elementos sociais (FAIRCLOUGH, 2003). Fairclough propõe uma articulação entre a Linguística Sistêmico Funcional, que reconhece a linguagem em uso como objetivo legítimo de análise, e a sociologia.

Desse modo, a proposta discursiva-crítica de Fairclough (2003) sugere que pesquisas discursivo-críticas estejam baseadas na identificação de questões parcialmente discursivas que possam ser situados pela análise dos textos (CHOULIARAK e FAIRCLOUGH, 1999).

Uma característica fundamental do método de análise da ADC é a concepção tridimensional do discurso, ilustrada na figura 1 abaixo:


Figura 1: Modelo tridimensional de Análise do Discurso

Fonte: Fairclough, (2001).


Assim, uma prática particular envolve configurações de diferentes elementos da vida social. Uma vez que esses diversos elementos da vida são reunidos em uma prática específica, são chamados de momentos da prática e cada momento é visto como internalizando os outros sem ser redutível a ele. Os momentos de uma prática são, então, articulados, ou seja, estabelecem relações mais ou menos permanentes como momentos da prática, podendo ser transformados quando há recombinação entre os elementos.

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Linhas de Pesquisa: nomenclaturas e informações complementares

Ao acessar os sítios eletrônicos das respectivas instituições, foi possível identificar as seguintes informações: o programa de Mestrado profissional em Educação do IFTM possui duas linhas de pesquisa, quais sejam:

 

·         Processos Formativos e Práticas Educativas em Educação Tecnológica;

·         Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), inovação tecnológica e mudanças educacionais;

·         Gestão das organizações e políticas para a Educação Tecnológica e Profissional.

Ao explicar a atuação de suas linhas de pesquisa, o IFTM disponibiliza um pequeno texto para cada uma, no sentido de introduzir a temática bordada em cada uma, bem como evidenciando quais abordagens os projetos precisam ter.

Na primeira linha está descrito que esta ”congrega pesquisas na área de educação, educação tecnológica, trabalho, discursos sobre EPT (Educação Profissional e Tecnológica, ciência, tecnologia, processos formativos e práticas educativas em educação tecnológica”, com projetos voltados para Educação, Trabalho, Ciência e Tecnologia - Processos Formativos e Práticas Educativas em Educação Tecnológica.

A segunda linha especifica que abarca projetos de pesquisa na área de “Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), inovação tecnológica e mudanças educacionais, com “ênfase sobre o uso de aplicativos e tecnologias na educação de um modo geral, e na Educação Profissional e Tecnológica de modo específico”. Por sua vez, os projetos associados devem estar relacionados a Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), inovação tecnológica e mudanças educacionais.

Por fim, a terceira linha “congrega projetos e pesquisas sobre Gestão das organizações e políticas para a Educação Tecnológica e Profissional”, com projetos associados à Gestão das organizações e políticas para a Educação Tecnológica e Profissional.

No IFSUL, campus Pelotas, encontram-se as seguintes linhas de pesquisa:

·         Trabalho, cultura e tecnologias na educação básica;

·         Intervenções no espaço-tempo da educação básica: Filosofia, Arte e Tecnologia;

·         Tecnologias aplicadas à educação básica: processos de formação

 

Em relação à primeira linha, a instituição determina que esta “enfatiza os estudos aplicados à educação básica que abarcam a dinâmica de composição dos processos sociais em três dimensões: a relação entre educação no contexto escolar e extra-escolar”, ou seja, “o mundo do trabalho e os movimentos culturais e sociais; a relação educativa das ações coletivas e do trabalho como elementos constitutivos da cultura; e a relação das tecnologias inseridas na sociedade, e seus reflexos no mundo do trabalho, na educação básica e nos movimentos culturais”.

Já a segunda linha de pesquisa aborda a “constituição de práticas pedagógicas que possam vir a intervir no território da educação, sustentando-se nos campos da filosofia, da arte e da tecnologia, partindo de um tempo-espaço específico: o presente.” Continuando a explicação, projetos direcionados a esta linha devem prezar pela “experiência como disparadora de processos de formação; problematiza a noção de cultura e investiga os componentes políticos e éticos nos modos de subjetivação atuais e suas formas de expressão”.

Por fim, a terceira linha de pesquisa estuda “os processos de formação docente, métodos e tecnologias educacionais.” Desta forma, inclui estudos acerca da “inserção das tecnologias na dinâmica das ações pedagógicas nas instituições de ensino básico, investigando, experimentando e implementando novas formas de ensinar e aprender, como forma de ampliar a atuação e a inserção social das pesquisas aplicadas à educação”.

O Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (CEETEPS/SP) possui duas linhas de pesquisa: Formação do Formador e Políticas, Gestão e Avaliação. A primeira linha objetiva o “desenvolvimento de estudos e pesquisas centrados ao ambiente formativo voltado ao docente, sua formação, condições, recursos e práticas para o exercício docente, como também, voltado ao discente, suas características, o processo de aprendizagem e desenvolvimento profissional”, com o apoio de dois grupos de pesquisa e projetos: 1 - Saberes e Trabalho docente; 2 - Ensino e Aprendizagem.

Por outro lado, a segunda linha objetiva o “desenvolvimento de estudos e pesquisas voltados às atividades dos gestores, administradores, coordenadores e à organização do ambiente educacional, centrados nos aspectos que interferem no processo da Educação Profissional além do espaço formativo”, com o apoio de dois grupos de pesquisa e projetos: 3 - Concepções e Políticas da Educação Profissional; 4 - Gestão, Avaliação e Organização da Educação Profissional.

Dissertações defendidas

            Visando identificar o atendimento aos propósitos das portarias regulatórias do mestrado profissional, que determinam que os profissionais oriundos desta modalidade devem incorporar o método científico para poder atuar em atividades técnico-científicas e de inovação, tendo como foco a gestão, a produção técnico-científica na pesquisa aplicada e a proposição de inovações e aperfeiçoamentos tecnológicos para a solução de problemas específicos (BRASIL, 2009, grifo nosso), as dissertações ou produtos encontradas em cada uma das linhas de pesquisa discriminadas anteriormente fora analisadas e categorizadas de acordo com seu título, tendo o seguinte resultado: No depositório do IFTM foram encontradas 50 dissertações defendidas entre 2016 e 2020 (Novembro/2020) sem estarem divididas por linhas de pesquisa, apenas com a disponibilização do título nome do autor e orientador, seguido de um link com o referido arquivo.

            Como o objetivo desta pesquisa é identificar se as os programas de mestrado profissional em Educação estão seguindo as determinações das portarias regulatórias no sentido de desenvolver inovação e tecnologia, cruzando os dados sobre a nomenclatura dos programas com os títulos das dissertações apresentadas, identificamos apenas três trabalhos que apresentavam já no título estes dois descritores, sendo todos os três relacionados à tecnologia e nenhum sobre inovação.

Aprofundando mais a análise com a leitura dos resumos de cada dissertação temos abordagens tidas como inovadoras no sentido de aplicação de metodologias de áreas específicas em áreas correlatas por meio da utilização de tecnologia já existente ou da necessidade de criação de outra tecnologia ainda não existente, ou seja, não há neste momento a produção de uma nova tecnologia por meio dos cursos de mestrado profissional em Educação do IFTM.

Para ilustrar estas duas categorias criadas a partir da Análise do Discurso Crítico, temos uma dissertação de 2019 sobre ensino de programação na educação básica pautada em recursos tecnológicos acessíveis já existentes, uma dissertação de 2019 sobre educação tecnológica de pessoas surdas, que apontou a necessidade de se desenvolver sinais específicos para o currículo da educação tecnológica de modo a reduzir a falta de similaridade com os termos existentes, uma pesquisa de 2016 que propunha a adoção de tecnologia assistiva para o ensino de Língua Portuguesa para surdos, baseada em programas computacionais já existentes, sendo a contribuição da dissertação calcada na proposição de uma nova metodologia e outra pesquisa de 2016 que se propôs a aplicar a utilização de um software já existente em uma área ainda não utilizada, criando-se assim uma nova metodologia.

O IFSUL divide suas produções por ano de defesa e disponibiliza em seu sítio eletrônico os arquivos dos 4 campi em um período entre 2013 e 2019, totalizando 136 dissertações defendidas. Aplicando o mesmo procedimento metodológico, aplicando-se o filtro da ADC sobre a utilização de tecnologias já existentes ou não existentes, por meio da análise dos resumos de cada dissertação, chegou-se ao seguinte panorama evidenciado no quadro 1, com 12 trabalhos enquadrados nos objetivos da pesquisa:

Quadro 1: Distribuição das dissertações do IFSUL

Tema

Categoria Não Existente

Categoria Já Existente

Ano

Produção de Vídeos para o Ensino de Ciências e Tecnologia

x

 

2014

Tecnologia e Identidade Docente

 

X

2014

Tecnologia Digital E Subjetivação Docente

 

X

2014

Dimensão Tecnológica da Educação à Distância

 

X

2015

Tecnologia e Escrita Literária

 

X

2015

Robótica Educacional

 

X

2015

Audiodescrição como Tecnologia Educacional

 

X

2016

Tecnologias no Ensino de Matemática: uso do Geogebra

 

X

2016

TIC´s e o Ensino de Geografia

 

X

2017

Tecnologia e Docência nos anos iniciais do Ensino Fundamental

 

X

2017

Educação Ambiental e Produção de Tecnologias Sociais

 

X

2018

Práticas de Letramento com Tecnologia

 

X

2018

Fonte: Dados da própria pesquisa. Elaborado pelo autor.   

Já na análise e distribuição das dissertações do mestrado profissional em Educação do CEETEPS/SP, infelizmente só havia dados de 2020 disponíveis no sítio eletrônico. Foram encontradas 15 pesquisas e após a aplicação dos critérios metodológicos, chegamos a duas pesquisas que se encaixam nos critérios definidos: uma dissertação sobre práticas tecnológicas para empreendimentos e startups, uma dissertação sobre saber tecnológico nas relações de trabalho na juventude.

Aplicando-se o filtro da ADC sobre a utilização de tecnologias já existentes ou não existentes, por meio da análise dos resumos de cada dissertação, foi possível constatar que ambas as dissertações aplicam o termo tecnologia em se tratando de aparatos ou abordagens já existentes.

Mestrado profissional em Educação: por uma nova definição de inovação

            Primeiramente, antes de tecer as considerações acerca das contribuições dos programas de mestrado profissional em Educação analisados nesta pesquisa, é válido ressaltar que o recorte aqui realizado não tem a pretensão de julgar se o programa A ou B atende plenamente todos os requisitos legais para estar em funcionamento. Isto compete à avaliação oficial, que por sinal, é modelo para vários países do mundo em virtude da eficácia de seu instrumento, ainda que considerações específicas sejam aceitas. As limitações de natureza metodológica e conceitual da pesquisa, por outro lado, não diminuem a importância das análises feitas sobre os dados encontrados, outrossim, despertam o interesse e a necessidade de pesquisas vindouras acerca da temática para elucidar alguns aspectos estritamente relacionados com a identidade do mestrado profissional em Educação. Perfil identitário este que ainda não está definido, como o está, por exemplo, a vertente acadêmica da pós-graduação brasileira, instituída formalmente em 1965 com o Parecer Sucupira.

Baseados neste contraste, então, é que partimos para as considerações acerca do potencial da modalidade profissional da pós-graduação brasileira em função de aspectos aqui identificados e na pouca literatura disponível sobre o perfil identitário do mestrado profissional, especificamente na área da Educação

Quelhas et al. (2005) destaca que o mestrado acadêmico, tido como “acadêmico” após o surgimento do mestrado profissional, possui uma definição mais consensual: busca expor o mestrando à literatura científica, treiná-lo em atividades de pesquisa buscando um grau cada vez maior de autonomia que o prepare para o doutorado e, como resultado, qualificá-lo para o magistério superior.

Esta dualidade característica da pós-graduação brasileira se deve ao seu propósito inerente ao momento sócio-histórico de seu surgimento. Como o país precisava formar seus próprios quadros para as universidades e, ao mesmo tempo, desenvolver a ciência em território nacional, o pesquisador formado nos programas stricto sensu se dedicava à docência e à pesquisa concomitantemente.

Após as mudanças de avaliação e financiamento da pós-graduação ocorridas na década de 1990, esta balança pendeu mais para o lado da pesquisa, impactando sobremaneira na esfera da formação docente para a formação de professores. Tavares, Mari e Bianchetti (2020) pontuam que a avaliação da Capes do biênio 1996-1998 significou, portanto, uma quebra de hegemonia: do predomínio da formação de professores para a de pesquisadores. E como a avaliação estava acoplada ao financiamento, os programas, induzidamente, procuraram se adequar.  Uma das principais críticas à Capes era quanto ao padrão homogêneo de avaliação, seja frente à realidade heterogênea representada pelas regiões do Brasil, seja pela diversidade dos campos de conhecimento que compunham a universidade brasileira e, no interior desta, as diferentes instâncias administrativas (públicas, privadas, confessionais, comunitárias). É nesse locus, entre o ensino e a pesquisa, que se inserem as proposições de flexibilização da pós-graduação, já previstas no parecer Sucupira (BRASIL, 1965).

No caso da área de Educação, as críticas à sistemática de avaliação, segundo Fávero (2009), foram organizadas em dez pontos ou itens, dos quais, dados os objetivos deste texto, desatacamos o quinto item: “Insistia na discussão da diferença entre o mestrado e o doutorado, defendendo o “mestrado acadêmico” e o lugar da especialização, contrapondo ao “mestrado profissional” (FÁVERO, 2009, p. 320). Percebe-se, assim, que o mestrado profissional em Educação surge em uma relação antagônica do ponto de vista operacional.

Fischer (2010, p. 267-268) defende que o surgimento do mestrado profissional, apesar de não causar uma ruptura na estrutura da pós-graduação stricto sensu, indica que, a partir de agora, haverá uma segunda via possível, sendo o doutorado profissional uma forma de oferecer uma continuação dos resultados obtidos com o mestrado profissional:

 

Nesta perspectiva, os cursos profissionais, o mestrado profissional e o futuro doutorado profissional serão ressignificados como componentes das políticas e estratégias de educação profissional e articulados em um eixo de formação simétrico ao eixo acadêmico [...] Os cursos de especialização que devem ser revistos são uma modalidade de ensino comum aos dois eixos, podendo ser um espaço de experimentos pedagógicos presenciais, virtuais ou bimodais, bem como incorporado ao mundo do trabalho. Os mestrados profissionais e acadêmicos mantêm suas características formadoras de profissionais para a academia e mundos do trabalho, com terminalidades e intersecções possíveis entre o fazer acadêmico e o fazer em outras profissões. A modalidade que ainda não existe é o doutorado profissional, que deve merecer um apoio especial, estimulando-se a criação de cursos com desenho inovador que preserve as características essenciais de um doutorado, mas que incorpore a prática como elemento estruturante das teorias. O doutorado profissional será um novo desafio para a academia, pois a formação de profissionais neste nível é um indicador de que há uma forte aderência entre o que se espera de profissionais que estarão lidando estrategicamente o desenvolvimento brasileiro e o que a Universidade pode contribuir para a formação destes (FISCHER, 2010, p. 267/268).

            Seguindo a linha mestrado profissional, o doutorado profissional foi aprovado em março de 2017 com a publicação da Portaria 389 da Capes, que fixava um limite de 180 dias para que a própria instituição fixasse os termos de seu funcionamento. Assim, em 28 de julho de 2017 entra em vigor a Portaria 131 da Capes, definindo os termos do doutorado profissional. Não houve mudanças significativas entre os pressupostos originadores dos dois níveis até a publicação da Portaria 60 em 2019, que fixava a composição do quadro docente que poderia dispor de até 30% de professores externos à instituição proponente e sem produção científica ou intelectual registrada, apenas notório saber profissional, admitindo, assim, o regime de dedicação parcial destes docentes (BRASIL 2019).

Desta forma, precisamos entender como os mestrados profissionais em Educação se colocam para atender, ao mesmo tempo, a estes pressupostos encontrados na legislação concernente ao tema e às demandas inerentes ao campo de pesquisas educacionais. Por isso, sua contribuição para o desenvolvimento local e regional por meio da ressignificação de procedimentos, abordagens e metodologias existentes, identificadas nesta pesquisa por meio da ADC, não desmerece o potencial de suas dissertações, pelo contrário, destacam a relevância de sua inserção, haja vista que o ‘braço’ do mestrado acadêmico localizado, em sua maioria absoluta, nos grandes centros urbanos não alcança totalmente os nichos localizados no interior de cada estado, como podemos ver nas figuras abaixo:


Figura 2: Distribuição regional dos programas de Mestrado Acadêmico em Educação, Brasil, 2018.

Fonte: Plataforma Sucupira (BRASIL, 2020).

 

Apesar de a maior parte dos cursos de mestrado acadêmico em Educação estar contida na região sudeste, a região Sul também apresenta um número expressivo de programas (27% ou 34 dos 125). A região Norte, por sua vez, é a que possui menor número de programas, apenas 12 programas. Esta disparidade regional é um dos empecilhos para que o mestrado profissional em Educação consiga apresentar uma identidade definida do ponto de vista de sua origem e efetivação de sua implantação. Porém, é sabido que esta disparidade não é exclusiva da área da Educação, tampouco dos mestrados em geral, mas sim da pós-graduação brasileira como um todo.

Por sua vez, os programas de mestrado profissional em Educação ocupam as lacunas geográficas que o mestrado acadêmico vem deixando ao longo de sua existência, ainda que alguns programas estejam vinculados a instituições localizadas na capital, os campi onde a maior parte dos programas profissionais se desenvolvem estão localizados no interior e em regiões até então onde não havia pós-graduação stricto sensu, conforme evidenciado no gráfico a seguir:


Figura 3: Distribuição regional dos Programas de Mestrado Profissional em Educação, Brasil, 2018.

Fonte: Plataforma Sucupira (BRASIL, 2020).


Ainda que amostra analisada no presente artigo reflita as regiões com supremacia na configuração do panorama regional da pós-graduação brasileira, concentrada no sul e sudeste, tal fato se deve ao recorte da análise ter privilegiado as propostas oriundas de instituições profissionais que ofertam educação tecnológica, de modo a evidenciar a contribuição desta área do saber.

 

 

Mestrado em Educação e as contribuições para a Educação Básica e Profissional

Ainda que em nossa análise algumas dissertações tenham sido descartadas do corpus da pesquisa em função dos critérios metodológicos de categorização, é válido ressaltar que as contribuições para a Educação Básica e Profissional podem ser evidenciadas pela gama de temáticas abordadas, tais como: metodologias e práticas de ensino, formação docente, capacitação de gestores educacionais, adaptação de material didático de áreas afins, constituição de saberes docentes, realçamento de subjetividades que permeiam a relação educacional e estratégias para inclusão e educação especial, por exemplo.

Outro aspecto de suma importância é a inserção no interior dos estados onde os programas estão alocados. Geralmente, as reflexões de ordem teórica partem de um ponto inicial estreitamente ligado ao espaço físico originador da demanda. Como os programas acadêmicos estão, em sua grande maioria, localizados nas capitais dos estados, as demandas interioranas ficam em segundo plano nas proposições dos estudos desenvolvidos, haja vista as especificidades de cada região. Desta forma, o mestrado profissional em Educação possibilita um alcance maior para solucionar problemáticas distintas daquelas existentes nos grandes centros urbanos e contribui para a emancipação desta parcela da população que vive em regiões mais afastadas deste epicentro científico.

É inconteste afirmar que nas Ciências Humanas, Sociais e Aplicadas não é possível produzir tecnologia proveniente de pesquisa aplicada, como a invenção de dispositivos biomecânicos que utilizem nanotecnologia, por exemplo, ou um novo formato de hardware e software para revolucionar o mercado. Todavia, diante da configuração que o mestrado profissional em Educação vem assumindo nos últimos anos, é possível afirmar que, em um primeiro momento, as falhas ou incompletudes existentes no mestrado acadêmico no tocante à organicidade entre teoria e prática vem sendo supridas pelo mestrado profissional em Educação, uma vez que, ao não se dedicar inteiramente à pesquisa e possuir um viés prático do ponto de vista de sua conclusão, esta modalidade consegue responder a problemas mais pontuais e propor soluções mais eficazes de imediato para a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem na Educação Básica e Profissional.

Algumas Considerações

Os programas de pós-graduação stricto sensu brasileiros conferem um grau acadêmico, atestando competência científica em determinado ramo do conhecimento. Além disso, a finalidade dos mestrados e doutorados acadêmicos é preparar pessoal qualificado para exercer as atividades de pesquisa e de docência no magistério superior (BRASIL, 1965), uma diretriz que continua vigente no Plano Nacional de Pós-graduação (PNPG) 2011-2020, a exemplo dos planos que o antecederam (BRASIL, 2010).

Como a pós-graduação no Brasil está dividida e dois tipos, lato sensu e stricto sensu, temos, para cada uma destas modalidades, uma função específica. A especialização em nível lato sensu tende a ser um curso que prioriza determinado tipo de saber prático a ser transmitido de forma rápida e não constante, devido ao perfil do público atendido e ao princípio norteador dessa modalidade que incide em ser uma capacitação técnica específica para ampliar o escopo de atuação do profissional nela matriculado.

O desenvolvimento da pós-graduação no Brasil que tinha como foco a formação de professores se volta para formação dos pesquisadores e abre, assim, uma subdivisão dentro dela mesma para o lado profissional, para resolver a demanda da educação pela via dos mestrados profissionais. Isso indica dois movimentos importantes: de um lado o aprofundamento de uma parte da pós-graduação na pesquisa e de outro, a profissionalização da pós-graduação, culminando com o doutorado profissional aprovado em 2017 e já ofertado em algumas instituições.

O mestrado profissional é uma modalidade de formação que, a partir de uma visão horizontal/vertical do conhecimento consolidado em campo, busca enfrentar um problema proposto pelo campo profissional de atuação do aluno, utilizando de forma direcionada o conhecimento disciplinar existente para tentar solucionar o problema. No caso do mestrado profissional, o objetivo é um direcionamento claro para encontrar o caminho da resposta a uma pergunta específica proposta pela área profissional ou identificada pela Universidade como algo que deve ser investigado e solucionado naquela área (TAVARES, 2016).

Desta forma, para atender aos objetivos legais de funcionamento das propostas aprovadas, os programas profissionais da área da Educação ofertados nas escolas profissionais desenvolvem pesquisas de extrema relevância para sua área de atuação regional, reunindo as tecnologias existentes e criando metodologias inéditas para seu uso e aplicação, fazendo com que, assim, o item de inovação preconizado nos documentos oficiais seja atendido, uma vez que o conceito de inovação não contempla apenas produtos, mas sim processos.

Portanto, é possível afirmar que, por mais que o mestrado profissional em Educação não tenha uma identidade definida da mesma forma que o mestrado acadêmico possui, ele caminha para esta definição na transformação social das regiões mais distantes dos grandes centros urbanos e na criação e reformulação de metodologias de ensino nas mais diversas áreas do conhecimento, não deixando de preparar o profissional para a continuidade dos estudos em nível de doutorado acadêmico ou profissional, ou ainda para a atuação profissional altamente qualificada na iniciativa pública e/ou privada, contribuindo para o desenvolvimento científico nacional e impactando sobremaneira na melhoria da Educação Básica.

 

REFERÊNCIAS

 

BIANCHETTI, L; FAVERO, O. O papel do IESAE e da ANPED na pós-graduação em educação. Revista Brasileira de Educação. Campinas: Anped. No. 30, set/dez 2005. (Número Especial). p. 151-161.

 

BRASIL.  Ministério da Educação e Cultura, CFE, (1965). Parecer nº 977/65. Documenta, nº 44, dez. p. 67-86. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n30/a14n30.pdf, acesso em 20/08/2020.

 

________. Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Plano Nacional de Pós-Graduação – PNPG 2011-2020. Brasília: Capes (vol. 1), 2010.

 

________, Capes. Portaria nº 80, de 16 de dezembro de 1998. Dispõe sobre o reconhecimento dos mestrados profissionais e dá outras providências. Disponível em https://www.capes.gov.br/images/stories/download/avaliacao/avaliacao-n/1892015 Portaria-CAPES-080-1998.pdf. Acesso em 14/09/2020.

 

_______, Portaria Normativa Nº 17, de 28 de Dezembro de 2009. Dispõe sobre o mestrado profissional no âmbito da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Disponível em http://www.capes.gov.br/images/stories/download/legislacao/PortariaNormativa_17MP.pdf. Acesso em 21/09/2020.

 

_______. Portaria nº 60, de 20 de Março de 2019.  Dispõe sobre o mestrado e doutorado profissionais, no âmbito da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorCapes. Disponível em https://capes.gov.br/images/novo_portal/portarias/22032019_Portarias_59e60.pdf. Acesso em 19/09/2020.

 

_______. Portaria nº 131, de 28 de Julho de 2019.  Dispõe sobre o mestrado e doutorado profissionais, no âmbito da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorCapes. Disponível em https://capes.gov.br/images/novo_portal/portarias/22032019_Portarias_131pdf. Acesso em 19/09/2020.

 

________, GeoCapes dados estatísticos. Brasília. 2020. Disponível em http://geocapes.capes.gov.br/geocapesds/>.  Acesso em: 31/09/2020.

 

CHOULIARAK, L;  N. FAIRCLOUGH. 1999. Discourse in Late Modernity: Rethinking Critical Discourse Analysis. Edimburgo: Edinburgh University Press.  

 

EVANGELISTA, O. Apontamentos para o trabalho com documentos de política educacional. In: ARAUJO, R. M. de L.; RODRIGUES, D. S. (Org.). A pesquisa em Trabalho, educação e política educacional. Campinas, SP: Alínea, 2012.

 

FAIRCLOUGH, N. Discurso e mudança social. Brasília: Universidade de Brasília, 2001.

 

________. Analyzing discourse: textual analysis for social research. London; New York: Routledge, 2003.

 

FÁVERO, O. Pós-graduação: avaliação e perspectivas. Revista de Educação Pública (UFMT), Cuiabá, v. 18, n. 37, p. 311-327, maio/ago. 2009.

 

FISCHER, T. Proposições sobre educação profissional em nível de pós-graduação para o PNPG 2011-2020. In: BRASIL. Ministério da Educação. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Plano Nacional de Pós-Graduação – PNPG 2011-2020. Brasília, DF: Capes (vol. 2), 2010b.

 

LEHER, R. Da ideologia do desenvolvimento à ideologia da globalização: a educação como estratégia do Banco Mundial como alívio da pobreza. 1998. 267 f.Tese (Doutorado) – Faced, São Paulo, 1998.

 

QUELHAS, O. L. G.; Faria Filho, J. R.; França, S. L. B. O mestrado profissional no contexto do sistema de pós-graduação brasileiro. Revista Brasileira de Pós-Graduação, Brasília, v. 2, n. 4, p.97-104. 2005.

 

MARI, C. L. D. Educação Superior e sociedade do conhecimento: entre as orientações econômicas e pedagógicas do Banco Mundial na década de 90. Conjectura, v. 14, n. 1, jan./maio 2009.

 

NEGRET, F. A identidade e a importância dos mestrados profissionais no Brasil e algumas considerações para a sua avaliação. RBPG, Brasília, v. 5, n.

l0, p. 217225, 2008.

 

SGUISSARDI, V.; SILVA JÚNIOR, J. dos R. (Org.). Políticas públicas para a Educação Superior. Piracicaba: Unimep, 1997. p. 255-264.

 

TAVARES, P. D. V B. Mestrado Profissional em Educação: Histórico e Tendências. 2016. 140f. Dissertação (Mestrado em Educação) Departamento de Educação, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2016.

 

TAVARES, P. D. V. B; MARI, C .L. D.; BIANCHETTI, L Programas Profissionais de Pós-graduação: História, Objetivos e Tendências. Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, 28, (4). Disponível em http://epaa.asu.edu/ojs/article/view/5617, acesso em 18/10/2020.




[1] Mestre em Educação. phisamste@gmail.com

[2] Doutora em Engenharia Ambiental.  deysereis.reis@gmail.com



Recebido em 30 de novembro de 2020
Publicado em 12 de fevereiro de 2021


Como citar este artigo (ABNT)

TAVARES, Philippe Drumond Vilas Boas. REIS, Deyse Almeyda dos. Inovação e Tecnologia nos Mestrados Profissionais em Educação e sua Contribuição para a Educação Básica. Revista MultiAtual, v. 2, n. 2, 12 de fevereiro de 2021. Disponível em: https://www.multiatual.com.br/2021/02/inovacao-e-tecnologia-nos-mestrados.html