DOI: 10.5281/zenodo.5654552

 

Maria Rosa Cunha da Costa

Mestranda em História pela Universidade Federal do Pará (PPGHIST), formada em História pela Universidade da Amazônia (UNAMA). E- mail: marinncosta@gmail.com


Resumo: Esta proposta tem como objetivo compreender o saber e o fazer teatral do grupo experimental Cena Aberta, fundado em 1976, e quais os desdobramentos visíveis e invisíveis dessas manifestações cênicas. O teatro configura-se, então, como linguagem do cotidiano, sendo possível observar o papel social que esse teatro exerce, uma vez que as representações cênicas abrangem a cultura, o social e o político de um contexto. Sendo assim, buscou-se entender de que forma o teatro paraense pode ser usado como objeto de estudo para a pesquisa historiográfica, proporcionando a leitura e a interpretação sociocultural da cidade de Belém.  A partir disso, torna-se indispensável a compreensão do contexto da ditadura militar e suas vicissitudes, compreendendo de que forma o teatro se materializa como espaço de luta, uma vez que estas manifestações cênicas se encontram relacionadas e sobrepostas aos espaços e interesses de pessoas ou grupos específicos. Para o desenvolvimento da pesquisa utilizou-se como fundamento teórico a Nova História Cultural e as discussões sobre conceitos de História e Memória. E incluso a isso, buscou-se compreender conceitos de arte e cultura e seus desdobramentos semânticos. Por conseguinte, como método para a pesquisa historiográfica utilizou-se a História Oral e os periódicos do jornal O Liberal e Diário do Pará, buscando, por fim, descortinar as nuances do teatro paraense.

Palavras-chave: Teatro. Cena Aberta. Ditadura.