DOI: 10.5281/zenodo.7513222

 

Bianca Ferreira de Araujo

Acadêmica do sexto período do curso de Licenciatura Plena em Letras Inglês da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) campus Profº. Alexandre Alves de Oliveira. Email Institucional: biancaaraujo@aluno.uespi.br

 

Resumo: As representações da mulher, tanto na literatura quanto no cinema, variam, indo desde a mocinha indefesa que sempre precisa ser salva à jovem guerreira forte e decidida que luta bravamente com as próprias mãos. Essas mesmas representações eventualmente acabam se transformando em objetos de pesquisa que, apesar de muitas vezes seguirem em direções opostas, possuem objetivos semelhantes: expor suas características e responder alguma inquietação despertada pelo contato entre pesquisador e objeto literário. Nesse sentido, este artigo visa responder a seguinte pergunta: De que forma a representação feminina da protagonista Fa Mulan rompe com o estereótipo de mocinha indefesa na animação Mulan (1998) do Estúdio Walt Disney? Para responder essa indagação, foram delineados dois objetivos específicos: Discutir os pressupostos teóricos dos Estudos Feministas, especificadamente o conceito de representação da mulher, e descrever o estereótipo de mocinha indefesa perpetuado nas animações hollywoodianas, principalmente aquelas dos Estúdios Disney. Com uma abordagem qualitativa, a pesquisa de cunho bibliográfico está fundamentada em pesquisadores como Beauvoir (2009), Tyson (2006), Zolin (2009) e dentre outros. Os resultados obtidos revelam que a figura feminina representada por Mulan rompe com os padrões e modelos de comportamento impostos pela sociedade patriarcal às mulheres e que, mesmo carregando o título canônico de princesa, sua caracterização difere, e muito, das demais princesas criadas e estereotipadas pela Walt Disney como Cinderela, Branca de Neve e Rapunzel. 

Palavras-chave: Estudos feministas. Mulan. Estereótipo. Animação.