DOI: 10.5281/zenodo.7700026

 

Eduardo Nunes Jacondino

Professor do Programa de Pós-Graduação da UNIOESTE, campus de Francisco Beltrão. Email: eduardojacondino@hotmail.com

 

Rodrigo Luis Mingori

Acadêmico do Programa de Pós-Graduação da UNIOESTE, campus de Francisco Beltrão, Email: rodrigomingori@hotmail.com

 

Resumo: O presente estudo faz parte do estudo para dissertação de mestrado na área da educação que analisa a militarização na educação com foco no programa de Escolas Cìvico-Militares lançado no Brasil a partir de 2019 uma nova política pública para a educação vem sendo posta em prática em escala nacional. O projeto nacional das escolas cívico militares teve seu lançamento no final de 2019 na esfera federal, apesar de sua estruturação ter iniciado logo em janeiro do referido ano, e no estado do Paraná, ainda em 2020 um projeto estadual promoveu a ampliação do programa utilizando praticamente a mesma base regulatória do projeto nacional. Nosso estudo visa analisar como se deu a construção desse programa como estratégia hegemônica de atuação no estado do Paraná analisando também o projeto nacional como pano de fundo, sendo estes a representação de um projeto de militarização da educação que acontece numa escala histórica mais ampla. Para tanto realizamos pesquisa bibliográfica utilizando dois autores principais Enersto Laclau e Slavoj Žižek, além de fontes documentais oficiais sobre o programa e matérias da imprensa. Após análise e embasamento teórico sobre a construção e hegemonia dos discursos, conceito fundamental na teoria de Laclau, consideramos ao fim do trabalho que o projeto hegemônico para a educação na forma da militarização de instituições públicas tem como característica uma estratégia de afronta ao arcabouço jurídico constitucional e infraconstitucional vigente.

Palavras-chave: Hegemonia. Discurso. Educação. Escola Cìvico-Militar.