DOI: 10.5281/zenodo.10966602

 

Geyse Keilla de Souza Oliveira

Professora de Geografia do ensino fundamental 2 e ensino médio, licenciada em Geografia pela Universidade Estadual de Alagoas, geysekeilladesouza@gmail.com

 

Dhiego Antonio de Medeiros (orientador)

Professor assistente do curso de Graduação em Geografia da Universidade Estadual de Alagas, mestre e doutorando pela FFLCH - Universidade de São Paulo, dhiego.medeiros@unel.edu.br

 

RESUMO

Nas últimas duas décadas do século em curso o estado de Alagoas tem se destacado por uma nova fase de sua história econômica, caracterizada pela crise do setor sucroalcooleiro e a ascensão de novas atividades produtivas no território, como é o caso da produção de cachaças artesanais realizada pelos engenhos locais. Desta forma, a investigação em tela objetiva entender como Alagoas se insere dentro de um circuito espacial produtivo da cachaça e/ou se já existe um circuito constituído, averiguando, para tanto, o processo de surgimento das cachaças artesanais no estado e os usos do território empreendidos pelos engenhos produtores em Alagoas. Os engenhos investigados neste trabalho apresentam diversas semelhanças entre si, principalmente na formação territorial dos municípios de origem, nas estratégias de comercialização utilizadas por eles, para que seus produtos alcancem o mercado regional e nacional. A pesquisa revelou também que decorrente do processo de internacionalização, as cachaças passam a ter maior valor agregado à medida que ganham selos em concursos, tornando-se produtos “gourmetizados”, direcionados aos segmentos sociais com níveis de renda mais elevados, consistindo, assim, num exemplo de relação vertical no território, que envolve o mercado interno, sobretudo, no que se refere a produção e alcançando escalas geográficas variadas, no que diz respeito a distribuição e consumo.

Palavras-chave: Circuito espacial produtivo. Cachaça artesanal. Território. Estado de Alagoas.