DOI: 10.5281/zenodo.14210972

 

Gabriel Garreto dos Santos

Engenheiro Agrônomo pelo Instituto Federal do Pará – IFPA; Pós-graduando em Geoprocessamento pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ. gabrielgarretosan1@gmail.com

 

Ítala Duam Souza Narusawa

Engenheira Agrônoma pelo Instituto Federal do Pará – IFPA; Mestranda em Sensoriamento Remoto pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. dudanarusawa@gmail.com

 

João Paulo Ferreira Neris

Engenheiro Agrônomo pelo Instituto Federal do Pará – IFPA; Mestrando em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF. paulonerisfer1@gmail.com

 

Douglas Rodrigues Olinda

Engenheiro Agrônomo pelo Instituto Federal do Pará – IFPA; Mestrando em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF. paulonerisfer1@gmail.com

 

Brendo dos Anjos Silva

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA.

brendobigorrila@gmail.com

 

Gabriela Garreto dos Santos

Licenciatura em Ciências da Computação pela Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA. 

gabryelagarreto@gmail.com

Maciel Garreto dos Santos

Licenciatura em Ciências Biológicas; Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Federal do Maranhão – UFMA.

macielgarreto@hotmail.com 

 

 

RESUMO

O monitoramento de características naturais e antrópicas que ocorrem na natureza é uma ferramenta importante para mitigar seus efeitos no meio ambiente. Nesse contexto, este artigo tem como objetivo fornecer uma análise geográfica sobre a dinâmica dos focos de queimadas na Terra Indígena Kayapó, localizada no sul do estado do Pará. Realizou-se o mapeamento das áreas afetadas por queimadas na TI para a interpretação visual das imagens normalizadas, geradas a partir dos dados de queimadas obtidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e das técnicas de geoprocessamento empregadas. Os mapas de distribuição anual dos focos de queimadas permitiram a identificação das áreas mais afetadas, com classes que variam de não relevantes a situação crítica da incidência das queimadas. A TI Kayapó registrou 8.740 focos no período de 2018 a 2020, distribuídos de forma regular nesses três anos, especificamente na região central da reserva indígena, onde faz fronteira entre os municípios de São Félix do Xingu e Cumaru do Norte. As regiões leste e sul também foram as mais atingidas por queimadas, com maiores quantitativos nos anos de 2019 e 2020, com taxas de ocorrência de 2.158 (24,69%) e 6.545 (74,88%), respectivamente. Essa expansão acentuada de focos de queimadas nos dois últimos anos está atrelada, sobretudo, à baixa fiscalização da polícia ambiental na TI, devido à falta de recursos orçamentários repassados pelo governo federal, o que dificultou a atuação dos órgãos ambientais em cumprir suas atividades de fiscalização e monitoramento dos territórios indígenas. Isso revela um cenário preocupante em relação à proteção e manutenção do meio ambiente e à segurança das comunidades indígenas.

Palavras-chave: Geoprocessamento. Monitoramento ambiental. População indígena. Sensoriamento remoto.