Inácio Alves de Amorim
Junior
Professor Sedu-ES, doutorando em geografia – PPGG/UFES,
inacio.amorim@edu.ufes.br
RESUMO
O presente artigo tem
como objetivo principal evidenciar dentro da datação geológica do planeta Terra
o início da implantação, estabelecimento e manutenção do sistema capitalista,
principalmente em relação às causas estruturais. Trazer para a luz do debate científico a proposição do Capitaloceno
constitui um aporte estratégico na evidência estrutural desse sistema e ausência de lógica em
suas ações. Jason Moore (2022), ao abordar o conceito de economia
barata, problematiza a relação dualista entre sociedade e natureza em sua
gênese, assim como a proposição dialética a partir de valores, crises, e também
de rupturas socioambientais. A significação
nessa proposta de pesquisa permeia a lógica temporal, já que tal
perspectiva foi predominentemente restrita aos “assuntos humanos”, porém o
tempo assim como o espaço possui uma relação com o ser humano que, por sua vez,
a deterioriza ressignificando tal relação em função da criação do valor. Bonneuil e
Fressoz (2016), ao promover o debate da economia destruidora numa nova
perspectiva geohistórica de datação geológica percebem a imprevisibilidade do
sistema Terra diante da contínua inserção capitalista. Nesse sentido,
outras temporalidades são necessárias e providenciais além da concepção
metodológica arquivista ou mesmo de caráter comparativo da histogriografia
moderna. Convém, nesse sentido, expor a apropriação do discurso ambiental em
seu caráter fatalista e consequencialista pela economia destruidora para
repensarmos nossas práticas ações e discursos.
Palavras-chave: capitaloceno. economia barata. temporalidades.
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