DOI: 10.5281/zenodo.15750448

 

Inácio Alves de Amorim Junior

Professor Sedu-ES, doutorando em geografia – PPGG/UFES, inacio.amorim@edu.ufes.br

 


RESUMO

O presente artigo tem como objetivo principal evidenciar dentro da datação geológica do planeta Terra o início da implantação, estabelecimento e manutenção do sistema capitalista, principalmente em relação às causas estruturais. Trazer para a luz do debate científico a proposição do Capitaloceno constitui um aporte estratégico na evidência estrutural desse sistema e ausência de lógica em suas ações. Jason Moore (2022), ao abordar o conceito de economia barata, problematiza a relação dualista entre sociedade e natureza em sua gênese, assim como a proposição dialética a partir de valores, crises, e também de rupturas socioambientais. A significação nessa proposta de pesquisa permeia a lógica temporal, já que tal perspectiva foi predominentemente restrita aos “assuntos humanos”, porém o tempo assim como o espaço possui uma relação com o ser humano que, por sua vez, a deterioriza ressignificando tal relação em função da criação do valor. Bonneuil e Fressoz (2016), ao promover o debate da economia destruidora numa nova perspectiva geohistórica de datação geológica percebem a imprevisibilidade do sistema Terra diante da contínua inserção capitalista. Nesse sentido, outras temporalidades são necessárias e providenciais além da concepção metodológica arquivista ou mesmo de caráter comparativo da histogriografia moderna. Convém, nesse sentido, expor a apropriação do discurso ambiental em seu caráter fatalista e consequencialista pela economia destruidora para repensarmos nossas práticas ações e discursos.

Palavras-chave: capitaloceno. economia barata. temporalidades.

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