Renato Paes Rodrigues
Professor na SEDU/ES
Doutor em História pela Universidade Federal
do Estado do Rio de Janeiro(UNIRIO)
renato09sohc@gmail.com.
RESUMO
No século XXI, é difícil imaginar
algum historiador ou filósofo que defenda a filosofia da história enquanto uma
lei do processo histórico. Isso tem sido justificado com base nas evidências de
eventos catastróficos como os do século XX (guerras, genocídios, fracasso da
modernização, etc.) quanto no reforço teórico, sobretudo dos pós-modernistas,
de que não existe progresso na história. Dentro dessa avaliação, a filosofia da
história de Hegel é uma, senão a mais contestada, reforçando uma visão até
mesmo enviesada dos significados do idealismo em sua obra. Apesar de
concordamos com a tese de rejeição da filosofia da história enquanto lei da
história, defendemos que para o caso de Hegel, ainda existe a possibilidade de
sustentá-la de um ponto de vista ético (um argumento que desenvolvemos em nossa
tese de doutorado). Além disso, com base nos estudos renovados do hegelianismo,
como os trabalhos de Slavoj Žižek e Catherine Malabou, encontramos ainda mais
subsídios para pensar na atualidade do pensamento hegeliano. Nesse artigo em
específico, nosso objetivo é demonstrar que um dos alcances éticos na obra de
Hegel está presente na Fenomenologia do Espírito, quando o autor se
ocupa da formação do indivíduo, processo que implica num certo relacionamento
com a história, mas que não se limita à mesma.
Palavras-chave: Ética. Filosofia da História. Hegel.