DOI: 10.5281/zenodo.17459475

 

Cloris Miranda Bispo

Mestranda em Estudos Territoriais (Proet/UNEB). Graduação em Turismo e Geografia. Especialização em Metodologia do Ensino Superior, Pesquisa e Extensão pela Universidade do Estado da Bahia. Especialização em Metodologia do Ensino de Geografia e História pela Uninter/EAD. Lecionou no curso de Graduação em Gestão Tecnológica em Turismo Receptivo. É servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador, lotada na Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop). E-mail: cloristurismo@gmail.com

 

RESUMO

O Brasil é um país de grande diversidade étnica e cultural bem como de extensões territoriais. Cada povo que pertence a uma determinada sociedade vive em diferentes espaços e compreende de maneira também diferente a sua realidade. A formação do Brasil ao longo da história foi marcada por uma variedade de povos, cada povo com um modo de vida, especificidades e espacialidade territorial. Os indígenas, povos originários do Brasil, vivem em espaços/territórios diferenciados, tendo que existir e reexistir em suas terras tidas por direito constitucional. Contudo, são povos que necessitam dialogar com a sociedade não indígena que o cercam e, para tanto necessitam de conviver e aprender o funcionamento dos sistemas sobretudo, o educacional pois, é preciso manter contato seja para venda de seus trabalhos artesanais, seja para usufruir das políticas públicas inerentes às suas necessidades, como saúde, moradia e acesso à terra. É a partir do Livro Didático de Geografia do ensino médio que o presente artigo objetiva analisar como a temática indígena tem sido abordada referenciando, a Lei nº 11.645/08, que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática da história e da cultura afro-brasileira e indígena. O foco que se apresenta neste trabalho é levantar as questões territoriais indígenas em algumas coleções didáticas advindas através do Programa Nacional do Livro Didático (PNDL), nos dois últimos períodos compreendidos entre 2018/2020 e 2021/2023, que foram enviados para as instituições escolares públicas de Salvador/BA. Os procedimentos metodológicos dessa pesquisa foram divididos em cinco partes para melhor compreender o seu desenvolvimento. Justifica-se metodologicamente, por se tratar de uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo e exploratório com o propósito de verificar como as questões territoriais são abordadas no Livro Didático. Como resultados apontaram para uma “certa” e ainda limitações sobre as questões indígenas trazidas como conteúdos nos Livros Didáticos, mostrado que ainda é preciso descolonizar para decolar no processo de ensino-aprendizagem colocando os estudantes e professores frente a várias culturas que são produtoras e agentes sociais dentro do espaço geográfico. Para isso, propõem uma outra maneira de aparições e representações do tema de cuja a base seja formada por fonte original dos próprios indígenas como forma de valorizá-los e representá-los.

Palavras chave: Povos indígenas. Territórios. Lei 11.645/08.Livros Didáticos.