DOI: 10.5281/zenodo.17459465

 

Luan de Jesus Oliveira

Mestre em Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação pela Universidade do Estado da Bahia.

Técnico em Assuntos Educacionais da Universidade Federal da Bahia.

E-mail: luandejesusoliveira@outlook.com

 

RESUMO

O artigo discute a crise estrutural do capital a partir da teoria marxista e das contribuições de István Mészáros, destacando seus impactos na dinâmica social e nas revoltas contemporâneas. Inicialmente, analisa-se a transição do movimento do trabalho para uma postura defensiva no século XX, condicionada pelo reformismo social-democrata e pela crença nas reformas graduais via parlamento, em contraste com a perspectiva revolucionária defendida por Marx, Luxemburgo e Lênin. Essas estratégias, embora tenham gerado conquistas conjunturais, revelaram-se insuficientes para romper com a lógica burguesa. A partir da década de 1970, consolida-se a crise estrutural do capital, a qual se difere das crises cíclicas, sobretudo, por seu caráter universal, global, prolongado e irreversível dentro do sistema. Essa crise, impulsionada pela autorreprodução destrutiva do capital, agrava contradições sociais, amplia desigualdades e evidencia o anacronismo do modelo vigente, o qual subordina a vida humana e a natureza referenciado pela lógica da acumulação. Atualmente, apesar da capacidade produtiva para satisfazer necessidades básicas, persistem problemas como a fome e a miséria, demonstrando a irracionalidade do sistema. As revoltas de massas do século XXI, ainda que fragmentadas e focadas em demandas imediatas, refletem a insatisfação com os efeitos da globalização capitalista e apontam a necessidade de um projeto estratégico capaz de articular tais lutas à superação do sistema.

Palavras-chave: Revolta de Massas. Crise Estrutural do Capital. Autorreprodução destrutiva do Capital.