Luan de
Jesus Oliveira
Mestre em Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação
pela Universidade do Estado da Bahia.
Técnico em Assuntos Educacionais da Universidade
Federal da Bahia.
E-mail: luandejesusoliveira@outlook.com
RESUMO
O artigo discute a
crise estrutural do capital a partir da teoria marxista e das contribuições de
István Mészáros, destacando seus impactos na dinâmica social e nas revoltas
contemporâneas. Inicialmente, analisa-se a transição do movimento do trabalho
para uma postura defensiva no século XX, condicionada pelo reformismo
social-democrata e pela crença nas reformas graduais via parlamento, em
contraste com a perspectiva revolucionária defendida por Marx, Luxemburgo e
Lênin. Essas estratégias, embora tenham gerado conquistas conjunturais,
revelaram-se insuficientes para romper com a lógica burguesa. A partir da
década de 1970, consolida-se a crise estrutural do capital, a qual se difere
das crises cíclicas, sobretudo, por seu caráter universal, global, prolongado e
irreversível dentro do sistema. Essa crise, impulsionada pela autorreprodução
destrutiva do capital, agrava contradições sociais, amplia desigualdades e
evidencia o anacronismo do modelo vigente, o qual subordina a vida humana e a
natureza referenciado pela lógica da acumulação. Atualmente, apesar da
capacidade produtiva para satisfazer necessidades básicas, persistem problemas
como a fome e a miséria, demonstrando a irracionalidade do sistema. As revoltas
de massas do século XXI, ainda que fragmentadas e focadas em demandas
imediatas, refletem a insatisfação com os efeitos da globalização capitalista e
apontam a necessidade de um projeto estratégico capaz de articular tais lutas à
superação do sistema.
Palavras-chave: Revolta de Massas. Crise Estrutural do Capital. Autorreprodução destrutiva do Capital.
