Adrielle Silva Pinheiro
Mestranda do Programa de Pós-graduação em Comunicação, Linguagem e
Cultura da Universidade da Amazônia (UNAMA). Email: adriellesp84@gmail.com
Aurora de Castro Pantoja
Mestranda do Programa de Pós-graduação em
Ensino de Língua Portuguesa da Universidade do Estado do Pará (UEPA). Email: auroradecastropantoja@gmail.com
Antonio Darlan de Oliveira Holanda
Mestrando do Programa
de Pós-graduação em Comunicação, Linguagem e Cultura da Universidade da
Amazônia (UNAMA). Email: darlansmg@hotmail.com
Daiane de Paula Lima da Conceição
Graduada em Letras
Língua Portuguesa pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). Email: daianedepaula1997@gmail.com
Danielle Doce Dias Silva
Mestranda do Programa de Pós-graduação em
Comunicação, Linguagem e Cultura da Universidade da Amazônia (UNAMA). Email: docedias.to01@gmail.com
Thacila Mikaellen Mendes da Cunha
Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ensino de Língua Portuguesa da
Universidade do Estado do Pará (UEPA). Email: thacilamendes96@gmail.com
RESUMO
A variação
linguística constitui um fenômeno intrínseco à natureza da língua e reflete a
diversidade social, cultural e histórica do Brasil. Este artigo tem como
objetivo analisar o português brasileiro sob a perspectiva da variação
linguística, destacando as relações entre a norma-padrão e o uso social efetivo
nas diferentes regiões do país. A pesquisa, de caráter qualitativo e
bibliográfico, fundamenta-se em estudos de autores que discutem os fatores
históricos, geográficos e socioculturais responsáveis pela formação dos
dialetos e falares regionais. Considera-se, nesse contexto, a influência dos
processos migratórios, do contato entre línguas e das condições socioeconômicas
na consolidação das variedades linguísticas brasileiras. Observa-se que as
variações linguísticas não apenas expressam a heterogeneidade cultural
nacional, mas também revelam tensões entre prestígio e estigmatização,
associadas a fatores de classe, escolarização e identidade social. A análise
proposta evidencia que o uso efetivo da língua ultrapassa os limites da
norma-padrão, configurando-se como instrumento de afirmação cultural e de
resistência simbólica. Assim, o estudo contribui para uma compreensão mais
ampla da língua portuguesa como um sistema dinâmico, marcado por constantes processos
de mudança, adaptação e reconstrução social. Conclui-se que reconhecer a
variação linguística como componente essencial da língua implica valorizar a
diversidade comunicativa do povo brasileiro e promover práticas educacionais
mais inclusivas, que considerem o respeito às diferenças linguísticas como
parte fundamental da formação cidadã e do ensino de língua materna.
Palavras-chave: Variação linguística. Norma-padrão. Dialetos brasileiros. Identidade linguística. Português brasileiro.
